Quer entrar no mercado e não sabe como? Você pode estar usando a abordagem errada! Descubra as dicas para um bom networking
Você é um roteirista iniciante e não sabe como chegar nas pessoas que podem te ajudar a tirar a sua ideia do papel? Trabalhar com audiovisual é viver constantemente na busca por novos contatos e oportunidades de explorar o seu talento. Como fazer isso?
Em sua página pessoal, o produtor e manager Brian Medavoy compartilhou algumas dicas para conquistar novas e boas conexões em Hollywood. Suas dicas são pertinentes para qualquer mercado audiovisual, mostrando que existe uma forma eficaz de navegar pela indústria do entretenimento.
Medavoy divide suas dicas em 3 diferentes fases, propondo um sentido para o seu plano de networking. Aqui, vamos resumir os principais apontamentos do produtor, buscando paralelos com a nossa própria realidade.
Fase 1 - Criar uma lista
Networking não significa fazer conexões com toda e qualquer pessoa que cruzar o seu caminho (embora muita gente faça isso). É preciso, primeiro, estabelecer o perfil do profissional que faz mais sentido para o seu objetivo no mercado.
Medavoy sugere que você estabeleça, primeiro, de 3 a 4 “perfis de profissionais” para você ir atrás. Não é o momento de pensar em nomes, apenas em perfis.
Como roteirista, é bacana pensar em produtores que financiam desenvolvimento de projetos ou showrunners com salas de roteiro para preencher, por exemplo. Você já tem dois perfis para começar a sua lista.
Fase 2 - Pesquisa
Agora que você tem sua lista de perfis de profissionais é hora de pesquisar e aprender ao máximo a respeito dessas pessoas. Pessoalmente, a falta de pesquisa é um dos erros que mais reparo no mercado.
Muito roteirista iniciante aposta em uma abordagem direta, mas que denota que não houve uma pesquisa prévia. Abordagens com perguntas que demonstram que a pessoa nem leu a “bio” do site da produtora, ou sequer duas linhas sobre o trabalho do profissional que ela busca contatar.
Medavoy ensina:
“Quanto mais você souber a respeito da pessoa que você busca conexão, melhores as suas chances de concretizá-la”.
O que pesquisar, afinal de contas?
O background do profissional, como ele chegou onde ele está hoje, seus projetos mais recentes, quais os seus interesses pessoais, etc. Buscar pelas redes sociais que ele mais utiliza também é muito importante dependendo de como vai ser a sua abordagem.
Uma última pergunta para você ter em mente antes do contato: como esse profissional pode me ajudar? Fazer aquele contato bacana com um roteirista super badalado pode ser ótimo… Mas não tão promissor a curto prazo se ele estiver engajado em um longo projeto pessoal, por exemplo.
Você quer profissionais que te ajudem a chegar no seu objetivo, não é? Faz parte da sua pesquisa entender se aquele contato que você pesquisou realisticamente poderá ampliar as suas perspectivas profissionais.
Não pense apenas na conexão, pense no que ela pode trazer para você.
Fase 3 - Entre em contato
Com a lista e a pesquisa feita é hora de entrar em contato. Antes de qualquer coisa o texto sugere um primeiro e importante ponto: o respeito. Entenda quando parar, não cruze a linha do aceitável e não faça abordagens “agressivas”. Respeite os limites da pessoa.
Aqui não existe muito mistério. Medavoy traz as duas maneiras básicas de fazer esse contato: de forma casual ou direta. Formas casuais envolvem interações genuínas em redes sociais, eventos sociais e outras oportunidades para uma breve apresentação e conexão legítima.
A forma direta é quando você entra em contato de um jeito mais formal, com uma abordagem especificamente ligada ao seu objetivo profissional. Um contato para uma reunião, uma aproximação com a ideia de apresentar um pitching, um e-mail de apresentação, etc.
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Outra observação: a abordagem indireta pode ser uma ponte para a apresentação “formal”, mas é preciso ter limites. É muito inconveniente, em um evento social descontraído, receber uma inusitada apresentação de projeto. Por outro lado, vejo muito potencial em e-mails bem elaborados.
Seja sucinto, informativo, prestativo (o que você tem para oferecer?) e direto em seus objetivos. Tente marcar uma conversa, mostre sua disposição para apresentar o seu trabalho e deixe claro que o contato não é aleatório, pois você fez a pesquisa na fase 2, não é mesmo?
Que lição tirar disso tudo?
Não existe necessariamente uma fórmula para criar boas conexões, mas um sentido para a sua abordagem. Essas 3 simples fases descritas aqui já podem ajudar na hora de pensar no que fazer e no que não fazer também.
O próprio texto reforça: “isso vai funcionar se você persistir, mas não vai acontecer do dia para a noite”. É preciso produzir, circular, manter contatos e aprender com cada etapa desse processo.
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